Experiências com células isoladas em cultura demonstraram que a distorção da forma pode levar à ativação celular, seja pela abertura dos canais iônicos da membrana plasmática, seja pela cristalização dos filamentos do citoesqueleto. A distorção mecânica de matrizes de colágenos, mineralizadas ou não mineralizadas, pode, por outro lado, suscitar o desenvolvimento de fenômenos bioelétricos (potenciais gerados por tensão e potenciais de fluxo) que são capazes de estimular as células alterando a carga elétrica em sua membrana ou seu fluido.
Células do ligamento periodontal isoladas periodicamente respondem bioquimicamente a sinais mecânicos e químicos. Estes últimos incluem endócrinos, autócrinos e parácrinos. Estudos histoquímicos e imuno-histoquímicos mostraram que, durante os primeiros lugares da movimentação dentária, os fluidos do ligamento periodontal são deslocados, e as células e a matriz estão distorcidas.
Neurotransmissores vasoativos são liberados nos terminais nervosos periodontais, fazendo com que os leucócitos migrem de capilares adjacentes. As citocinas e os fatores de crescimento são produzidos por essas células, estimulando as células do ligamento periodontal e as células de revestimento ósseo alveolar a remodelar suas matrizes relacionadas. Esta atividade de remodelação facilita o movimento dos dentes em áreas nas quais o osso foi reabsorvido.
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